domingo, 15 de agosto de 2010

13 - Sinal de desrespeito. Vida familiar.

Passei um final de semana muito feliz com o meu amor. Disse a minha mãe que voltaria no domingo sem falta e voltei de bom grado. Estava contente até chegar em minha casa.

Pode parecer bobo, mas tudo começou com pequenas coisas que juntas se tornaram o maior sinal de desrespeito dos últimos meses. Eu consegui evitar bastante disso desde que passei a ficar mais fechado. Evitou grandes problemas e minha vida melhorou.
Chego e percebo que todas as minhas coisas estão em lugares diferentes. A decoração que eu escolhi, os meus livros fora de lugar, os meus videogames também errados. Os cabos que não podem ser mudados para não quebrarem, FORAM MUDADOS e eu ainda nem pude testa-los; os meus fios de energia (tanto do computador, quanto do meu videogame) foram ignorados. Respirei fundo e fui colocar meu pijama, e quando tento abrir minha parte do guarda-roupa noto que minhas gavetas estão interditadas porque alguém resolveu tampar as portas com uma tv. Achei brilhante.
Então, resolvo reclamar e pedir que arrumem as minhas coisas para que eu possa usar. Minha mãe aparece e acha que eu não tenho o porquê reclamar e que não posso falar nada porque minha irmã esta dormindo. Resumindo, "eu que me foda".
Minha irmã acorda [??????] porque a luz estava acesa para que minha mãe corrigisse tudo isso e resolve me xingar por ter reclamado que me deixaram sem acesso a energia e bagunçaram minhas coisas no meu próprio quarto. Novamente percebo que não tenho direito nenhum de reclamar. Meu pai fica em silêncio, totalmente indiferente a mim (pra completar o quadro) e não sei se isso me irrita ou se agradeço a Deus. Se ele falasse alguma coisa, seria pra que eu ficasse quieto. "Eu que me foda" [2].
E minha mãe, não contente, vem depois dizer que eu deveria agradecer a Deus por esse desrespeito e que deveria me acostumar com isso tudo, já que moro com eles.
Esse tipo de atitude só me dá vontade de sumir no mundo, dai pelo menos não seria obrigado a engolir desrespeito na minha própria casa.

*Isso tudo foi escrito por volta de 2010. Hoje, oito anos depois, 2018, só quero dizer que SINTO FALTA DESSE PASSADO. DESSAS LEMBRANÇAS.

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