segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Relacionamentos em Cuiabá, ela e ele

Meu propósito em Cuiabá. Meu único propósito era estudar e mudar de vida. Estava cansado da vida que levava em SP. Cheguei aqui e descobri que minhas aulas poderiam começar só depois de muitos meses, então minhas motivações precisaram mudar. Meu propósito só poderia ser realizado após um tempo imprevisto e a partir daí comecei a viver por aqui. No começo tive o controle total, até que uma travesti resolveu se apaixonar por mim e me colocar em um ambiente de surubas e festas. Fiquei lá um tempo, porque não tinha mais o que fazer e nenhuma outra motivação. Poderia ter me dedicado a arte, poderia ter lido alguns livros, mas achei que seria uma boa idéia ficar em um ambiente de festa. Sei que ideia agora não tem mais acento, mas as vezes não controlamos velhos hábitos. Um velho hábito que eu tinha era o de me divertir e acabei por lá. O Leandro, grande Leandro ( na época era mais meu amigo que a própria Natália (BELÍSSIMA), tentou me salvar do mundo em que eu estava me ligando, mas eu estava me divertindo e ao mesmo tempo não teria muito o que fazer até minhas aulas começarem, por que não? Depois de certo tempo me vi preso em um relacionamento burguês, com aquelas cobranças em nível de varrer a entradinha e trocar o marmitex. Por sorte ela era uma travesti, e por sorte não fizemos penetração, porque não aguentaria a possibilidade de filhos. Além de ter me colocado ao lado de uma megera burguesa, estava construindo um lar. Dormia em uma cama de casal. Não que eu não fizesse isso com o ex-namorado não assumido dela, mas era diferente. Com ele eu tinha certeza que seria por pouco tempo, e tinha certeza que não estavamos reproduzindo aqueles ideais de casal (que são praticamente impossíveis de fugir quando em casal, porque a própria definição de casal te coloca nessas situações, e no caso não eramos um casal). Na verdade com ele nunca tive certeza de nada. Enquanto namorei com ela, vivi com ela, partilhei meu tempo com ela, ela constantemente me alertava sobre os perigos do ex-namorado problemático dela, um sujeito violento e possessivo. Como violência me é afrodisíaca, ainda mais entre homens, achei que poderia ser uma experiencia interessante. Tinha certeza que ele queria alguma coisa, porque ele se aproximava das formas mais diferentes. Na cabeça dela eram provocações dele contra mim, mas na minha percepção poderia ser alguma coisa qualquer além de meras provocações homoeróticas. Dito e feito, algumas vezes bebado ele simplesmente optou por deitar em mim e por alguma razão gostava de dormir na mesma cama de casal. Mesmo assim nunca tivemos nada a três, apesar daquela vida em comum. Acordavamos, almoçavamos juntos, saiamos por ai, como amigos. Sempre achei que ele quisesse me bater, ou em algum dia procuraria alguma forma de entrar em conflito comigo. Esse pensamento foi muito incentivado pela mente paranóica e caótica da minha namorada travesti, mas no fim das contas ele só queria dar pra mim. Eu sabia que ele só queria dar pra mim, mas pensava que ele ia tentar comer primeiro. Ele só queria dar mesmo. Para minha total surpresa. Apesar de todos os problemas, dos conflitos  sexuais, ele queria dar pra mim e isso foi mais forte que suas questões. Deu pra mim algumas vezes, pediu segredo, e ficou ao meu lado, como meu melhor amigo. Por um tempo foi assim, passei a dormir no quarto dele, acho que ele gostava da minha companhia, mas no fim ele nunca mais quis sexo e gradualmente afastou-se, e até mesmo me expulsou do quarto dele, onde aparentemente, segundo ele, vivi por sete meses. O considero apenas como um amigo. Nunca fomos um casal. Sofri bastante quando ele me deixou de lado, e até quando ele parou de falar comigo e pasmém, me bloqueou na internet por causa de um print meu falando mal dele para minha ex travesti. Como sempre tinha a certeza de não ter nada com ele, até ele se mostrar chateado comigo por alguma razão. Conheci uma amiga dele e eles falaram uma história dela enfiando a mão na bunda dele. Um bundão. Já fiquei logo enciumado e perguntei se aquela história era real. Ele não precisava me dar satisfação, mas me deu uma satisfação, para minha total descrença. Agora vivo em meu próprio quarto. No fim das contas acho que fugi da minha namorada porque me deprimia ao me ver naquele modelo de relacionamento. Sei que era tudo coisa da minha cabeça, mas as vezes acordava e me via em um cama de casal, muito infeliz. Com ele também vivi em uma cama de casal, mas não me sentia um casal. Ele só voltou a falar comigo depois que o acusei de não ter estado ao meu lado ao contrário dela que sempre me ajudou. Mais ou menos isso. Fiz o jogo que ela me acusa, de dizer que um é melhor que o outro e posso escolher entre ambos. Não posso. Ela me tortura. Ele é só mais um amigo. As vezes tenho vontade de fugir daqui e pedir asilo por lá, mas isso me tornaria ainda mais refém das circunstâncias. Agora estou solteiro e feliz. Satisfeito com minha liberdade emocional. Moro na mesma república que esse meu amigo, mas pode ser que esse local acabe em poucos meses. Até lá vamos nos relacionando, vivendo da melhor forma possível. Por um bom tempo ele se distanciou, agora tem sido mais sociavel. Tento evitar um pouco essa reaproximação, mas não acho que temos hoje qualquer coisa além dessa relação de espaço em comum, porque não saimos mais e nem acho que ele faz questão de minha companhia, o que entendo, depois de tanto tempo as coisas mudam. Saimos algumas vezes e contaram para minha ex que estavamos juntos. Uma mentira. Não estavamos juntos, só saimos para um role. Novamente ela se deu o direito de me xingar pela minha proximidade com o garoto, mas será que ela entende que eu não fiz nada sozinho? E se fiz qualquer coisa foi sempre em segundo ou terceiro passo, porque sou muito inseguro e qualquer ação é sempre uma ação que me surpreende.
Quem espera qualquer coisa de qualquer pessoa?

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Les relations à Cuiaba, elle et lui

Mon but dans Cuiabá. Mon seul but était d'étudier et de changer ma vie. J'étais fatigué de la vie qu'il menait dans SP. Je suis venu ici et a constaté que mes cours pourraient commencer seulement après plusieurs mois, donc mes motivations ont dû changer. Mon but ne pouvait se faire après un temps imprévu et de là a commencé à vivre ici. Au début, j'avais le contrôle total jusqu'à ce qu'un travesti a décidé de tomber en amour avec moi et m'a mis dans un environnement avec partouzes et parties. J'y suis resté un certain temps, parce qu'il avait plus rien à faire et aucune autre motivation. Pourrait me consacre à l'art, je aurais pu lire quelques livres, mais je pensais que ce serait une bonne idée de rester dans une ambiance de fête. Je sais que le mot « idée » a maintenant davantage l'accent, mais parfois nous ne contrôlons pas les vieilles habitudes. Une vieille habitude que je devais était d'avoir du plaisir et j'ai fini avec elle. Leandro, grand Leandro (à l'époque était plus mon ami l'incroyable Natalia (magnifique), a essayé de me sauver de ce monde où j'allais, mais j'amusais en même temps ne serait pas grand-chose à faire jusqu'à ce que mes cours commencer, pourquoi pas? Après un certain temps, je me suis retrouvé pris au piège dans une relation bourgeoise avec ces charges au niveau de balayer l'entrée de la maison et changer les panier-repas. Heureusement, elle était un travesti, et, heureusement, n'a pas pénétré parce qu'il ne pouvait pas supporter la possibilité des enfants, même si seulement en idée. En plus de me avoir placé à côté d'une mégère bourgeoise, je me sentais construire une maison. Je dormais dans un lit double. Non pas que je ne le fais pas avec l'ex-petit ami Dans le placard, mais cela était différent. Avec lui, je suis sûr que ce serait un peu de temps, et était sûr que nous ne jouons pas les idéaux de couples (qui sont pratiquement impossible de fuir quand un couple, car la définition même des couples vous met dans ces situations, et si nous ne nous étions un couple). En fait, avec lui, je n'avais jamais sûr de rien. Alors que je sortais d'elle, vécu avec elle, je partageais mon temps avec elle, elle m'a prévenu en permanence sur les dangers de l'ex-petit ami mentalement son trouble, un gars violent et possessif. Alors que la violence me est un aphrodisiaque, surtout pour les hommes, je pensais que ce serait peut-être une expérience intéressante. Je suis sûr qu'il voulait quelque chose parce qu'il approchait de plusieurs façons différentes. Dans sa tête, elle se moquait qu'il a fait contre moi, mais dans ma perception pourrait être quelque chose au-delà de simples provocations homoérotiques. Dit et fait, parfois ivre, il a simplement choisi de me jeter et pour une raison quelconque aimait dormir dans le même lit double. Pourtant, nous n'avons jamais rien à trois, en dépit de cette vie commune. Nous nous sommes réveillés, nous avons pris le déjeuner ensemble, nous allons faire le tour, comme des amis. J'ai toujours pensé qu'il voulait me frapper, ou à un moment donné cherche une certaine forme de conflit avec moi. Cette pensée a été très encouragé par l'esprit paranoïaque et chaotique de ma petite amie travesti, mais à la fin il voulait juste donner le cul pour moi. Je savais qu'il voulait juste me donner, mais je pensais qu'il allait essayer de me manger d'abord. Il voulait juste donner. À ma grande surprise totale. En dépit de tous les problèmes, les conflits sexuels, il a voulu me le donner et il était plus fort que les problèmes qu'il avait. Il m'a donné quelques fois, et a appelé le secret, et se tint à côté de moi comme mon meilleur ami. Pendant un certain temps que je passais ainsi endormi dans sa chambre, je pense qu'il aimait mon compagnie, mais à la fin il n'a jamais voulu le sexe et il a déménagé peu à peu, et m'a même mis à la porte de sa chambre, où semble-t-il J'ai vécu pendant sept mois. Je le considère comme un ami. On n'a jamais été un couple. Je souffrais beaucoup quand il m'a laissé de côté, et même quand il a cessé de me parler et étonnamment, m'a bloqué sur internet parce que je me suis plaint à mon ex travesti. Comme toujours, je suis sûr d'avoir rien avec lui jusqu'à ce qu'il montre en colère contre moi pour une raison quelconque. J'ai rencontré un de ses amis et elle raconté une histoire de son coller sa main dans son cul. Beau cul. Je viens de jaloux et demandé si l'histoire était vraie. Il n'a pas besoin de me donner satisfaction, mais m'a donné satisfaction, à mon incrédulité totale. Maintenant, je vis dans ma propre chambre. En fin de compte, je pense que je me suis enfuie de ma petite amie parce qu'elle m'a déprimé de me voir dans ce modèle de relation. Je sais qu'il était dans ma tête, mais parfois me suis réveillé et me suis retrouvé dans un lit double, très malheureux. Avec elle aussi je vivais dans un lit double, mais je ne suis pas un couple. Il est retourné à me parler après que je l'accusais de ne pas être à mes côtés contrairement à elle qui m'a toujours aidé. Quelque chose comme ça. Je l'ai fait le jeu, elle me reproche de faire, de dire que l'un est meilleur que l'autre et peut choisir entre eux. Je ne peux pas. Elle me torture. Il est juste un ami. Parfois, je me suis enfuie de lui et demander l'asile à elle, mais il me rendre encore plus l'otage des circonstances. Maintenant, je suis célibataire et heureux. Satisfait de ma liberté émotionnelle. Je vis dans la même république que mon ami, mais il se peut que cette finition dans quelques mois. Jusque-là, nous allons nous raconter, vivre mieux qu'ils peuvent. Pendant longtemps, il a pris ses distances, maintenant, il a été plus sociable. Essayez d'éviter une partie de ce rapprochement, mais ne pense pas que nous ayons quoi que ce soit aujourd'hui au-delà de ce ratio d'espace commun, parce que nous ne sortons pas ensemble et il ne veut plus mon compagnie, ce que je veux dire, après tout ce temps les choses changent. Nous sortons quelques fois et ils ont dit à mon ex petite amie que nous étions ensemble. Un mensonge. Nous n'étions pas ensemble, nous juste sortons pour plaisir. Encore une fois elle a donné le droit le droit de me gronder pour ma proximité avec le garçon, mais comprenait-elle que je ne rien faire seul? Et si je faisais quelque chose était en deuxième ou troisième étape toujours, parce que je suis très précaire et toute action est toujours une action qui m'a surpris.

Qui attend quelque chose de quelqu'un?


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Mes motivations, vive la liberté!

Carnaval

Este é meu primeiro carnaval em Cuiabá. Originalmente sou de São Paulo, mas acredito que já passei o carnaval no Rio, além da proximidade familiar do carnaval da Bahia. Quando criança não me interessava muito pela idéia de marchinhas, mas também não entendia a vontade que o carnaval suscita. Para mim a festa era diária. Como criança não tinha noção alguma do sofrimento e das responsabilidades de um adulto. Na adolescência o carnaval aparecia como mais um espaço separado dos estudos ou trabalho, era uma espécie de território de encontros, era lá que eu deveria encontrar os conhecidos e talvez conhecer novas pessoas. Em São Paulo os bloquinhos se popularizaram e muitos seguem temas considerados ousados. Nunca fui ousado, e perto de pessoas que conheço sou um conservador. Hoje, apesar da aparência de 20 e poucos anos, tenho praticamente 30 e o carnaval para mim tem o brilho das marchinhas do passado, daquele samba de glamour, mas não me sinto motivado a sair na rua para qualquer coisa além de buscar comida pronta. Apesar de estar em um bom momento, meu corpo não é mais como era aos 20 e poucos. Tenho artrite, preciso usar óculos, não tenho como trocar o óculos velho que estou usando, e pra melhorar desenvolvi uma doença auto-imune na pele. Não comento com ninguém, apesar de algumas pessoas terem percebido. É motivo de grande sofrimento porque me impede de ficar natural, de ficar sem roupas por aí. Aparecem manchas no meu corpo, no começo vermelhas, depois um bom tempo brancas, e então desaparecem. Faz anos que vivo com esse problema, já busquei tratamento, mas nunca consegui me manter totalmente livre dessa condição. Às vezes acredito que é um castigo. Muitas vezes não sou religioso, mas nesse caso tenho minhas razões íntimas para crer que estou sendo punido e direcionado por alguma força maior. Aposto que se não fosse esse problema não teria um motivo a mais para evitar o sexo, mas um incentivo. Meu corpo não representaria impedimento para o instinto. Em alguns momentos meu corpo não é impedimento, uma vez que nem sempre estou em crise, mas ter um problema de pele me impede de ter relacionamentos longos e até acho que estar sozinho ajuda na melhora de minha aparência. Prefiro a solidão a abrir o jogo de minhas inseguranças. Na verdade não sei se estou preparado para qualquer relacionamento sincero assim, ao mesmo tempo não tenho vontade nenhuma de sair por aí, de me divertir no carnaval. Mal consigo me manter acordado, virar a noite para mim é agora quase uma ficção científica. Não tenho mais aquela urgência dos jovens. Moro em uma república em que tenho contato com três jovens da mesma faixa etária. Um deles é meu querido amigo (que talvez não seja mais meu amigo), o outro é estudante da sala dele e o terceiro é o namorado da irma mais velha do meu amigo. Como todos os rapazes na faixa dos vinte e poucos anos percebo que eles até desejam um relacionamento, mas são incapazes de mante-lo, e sentem essa urgência de sair de casa sexta a noite, algo que eu jamais vou entender, e não sei porque sentia esse tipo de desejo no passado. Sexta a noite representa hoje aquele dia em que você até pensa em sair, mas pode ficar em casa e se abster. Muito feliz por ter internet, por ter outras motivações que a diversão, ao mesmo tempo há o perigo do tédio, o perigo da crise existencial. De qualquer forma carnaval é para quem tem pique e o que sinto não é um fenomeno universal da experiencia humana. Muitos amigos, até mais velhos, devem estar curtindo. Como na música que pede para o sambista mais novo não deixar o samba morrer.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Apago o texto por sua pretensão.

Começo a escrever e faço questão de mostrar um pouco daquilo que sei. Surpreendemente o que sei é uma extensão do conhecimento comum e qualquer extensão de um texto assim seria feito com uma pesquisa. Provar um ponto de vista exige pesquisa. Não quero provar mais nada. Na verdade desconfio que não tenho nada a dizer. Dizer o que, para quem? Quem teria tempo para perder lendo um texto qualquer na internet. Hoje é seu dia de sorte, as vezes naquele acaso o google permitiu nosso encontro, em seu buscador de acasos. De qualquer forma, qual o sentido de viver assim? Vivendo em dúvidas. As vezes acho que tive um relacionamento, as vezes tenho certeza que não. As vezes me prometo motivos maiores que ter ou não amigos, e quando vejo mal consigo garantir uma nota em uma matéria qualquer. Como ter dedicação a algo que já está perdido e agora só no semestre próximo? Se estava com algo na cabeça e meus fins eram maiore que amigos ou namoro, por que reprovei na minha única motivação existencial? E quem sou eu? Um velho de 28 anos, sem dinheiro algum e sem carreira. Não tenho um posicionamento no mercado de trabalho e talvez não terei em anos. Preciso me formar e me formar exige que eu passe, em princípio. Não passei. Demorarei a passar. Tento estudar e não consigo concentrar no assunto. Até entendo o conteúdo e tenho minhas próprias razões e justificativas para qualquer reprovação, mas me sinto inepto de qualquer forma. Enquanto passo meu tempo me sentindo um erro, distraio a mente nadando e andando de bicicleta por aí. Quem olha de fora talvez pense que a minha vida é uma maravilha, afinal tem quem me olhe e me considere atraente. Tantos amigos meus e conhecidos vivem em momentos melhores, em momentos muito melhores e eu aqui, novamente um estudante, dessa vez sem nenhum sonho ou pretensão, sem nenhuma motivação além da pura certeza de um futuro incerto. Sem dinheiro. Em trabalhos de sofrimento. Esse é o lado profissional. O lado sexual consegue ser pior. Sexualmente me resolvi bastante nos últimos anos. Sei que me interesso mais por homens, mas não tenho intenção alguma de viver com qualquer homem porque não tenho muita paciência para as questões do masculino. Nem sei se gosto mesmo de homens. Já achei que gostasse, mas tenho broxado todas as vezes. O sexo ainda é motivo de horror e sou piada por já ter me envolvido sexualmente com algumas pessoas, com algumas várias, por ódio e também por frustração, momentos que me repreendo e sinto profundo pesar e arrependimento, porque não foram contatos reais, sinto como se tivessem sido fugas de uma solidão que deveria ser encarada com indiferença e maturidade. Mulheres são para mim amigas distantes. Já tive e já me apaixonei, já vivenciei crises de ciúmes, já tive relações verdadeiras com outras mulheres, algumas amizades, mas após o início da verdadeira sexualidade me vejo tão distante delas como nunca antes estive. Elas não se aproximam, aquelas que se aproximam são tão inocentes que tenho medo de corrompê-las com o que existe de pior na malícia humana. Uma menina de 18 anos não teria nada comigo além de sentimentos partidos. Uma mulher mais velha sairia ainda mais frustrada, se assim for possível.