Mostrando postagens com marcador ditadura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ditadura. Mostrar todas as postagens

sábado, 18 de novembro de 2017

Trying to syntetize Bolsonaro's candidacy. Essayer de synthétiser la candidature de Bolsonaro.

He is getting rising exponentially in all the polls because of leftist polarization in social online groups, giving him time and propaganda, there's no such thing as bad gossip, besides that, in the Brazilian conjecture of an conservative nation, we all live amongst almost basically Christians for profits and rightwing mainstream media zombies. it is almost a parody, etc. Maybe the third way will be a celebrity... Dr. Rey? Oh hell no. People in power. Poor are the rulers. They need to be the rulers, but in reality they are all slaves, just like myself, who is constantly obliged to work and have my life sucked out from my veins. I'm tired. Bolsonaro represents everything that goes wrong in Brazil. The search of violence for vengeance (against the poor, as always). Bolsonaro represents all this. An extreme right with guns and religious speech, which considers legitimate to impose it's values ​​against the others, because minorities must remain silent and the majority are always right (inverted populism). It is not an economic project of a nation. It is not a project of decent jobs with fair wages. We do not talk about distribution of wealth. Bolsonaro is also a military man, and in this way there is a nationalist and xenophobic discourse at his side, in the same reproduction that said others steal the jobs of the Brazilians, when in fact the economic crisis was global, and austerity had already been imposed by the legitimate government of the PT (Workers' Party), which had for its governability a coalition with the PMDB (party of the democratic movement of Brazil), reminding that it is a party of it's origin in the Brazilian military dictatorship itself. That is, the nationalist discourse always gains force in economic crises and the culprit is always the current government, which allowed the coup and what today maintains figures like Bolsonaro while possible candidacy for a government that will bring Brazil back on track. It is the same speech of the Italian fascism. Brazil is one of the most violent countries in Latin America and now they still want to release the possession of guns in a society with a history of great repression. The war of canudos and the agrarian conflicts, besides the quilombos and indigenous regions are symbols of a society based on violence. And the way out for supporters of any regime is even more control through force and repression. They think "opression" as a positive, masculine, word.


...and they were right. It's all about penises. All about a phallic thing.
Give my gun back, give my virility back. Let's kill the faggots.
The gun prohibition is emasculating me. 

Il se propage exponentiellement dans tous les sondages à cause de la polarisation de gauche dans les groupes sociaux en ligne, lui donnant du temps et de la propagande, il n'y a pas de mauvaises commérages, en plus, dans la conjecture brésilienne d'une nation conservatrice, nous vivons tous au milieu parmi les chrétiens pour les profit et les zombies médiatiques de droite. C'est presque une parodie, etc. Peut-être que la troisième voie sera une célébrité... Dr. Rey? Oh l'enfer non. Les gens au pouvoir. Les pauvres sont les dirigeants. Ils doivent être les gouvernants, mais en réalité, ils sont tous les esclaves, tout comme moi-même, qui est obligé de travailler sans cesse et d'avoir ma vie aspiré de mes veines. Je suis fatigué. Bolsonaro représente tout ce qui va mal au Brésil. La recherche de la violence pour la vengeance (contre les pauvres, comme toujours). Bolsonaro représente tout cela. Une extrême droite avec des fusils et des discours religieux, juge qui légitime d'imposer ses valeurs contre les autres, parce que les minorités doivent garder le silence et la majorité ont toujours raison (populisme inversé). Ce n'est pas un projet économique d'une nation. Ce n'est pas un projet d'emplois décents avec des salaires équitables. Nous ne parlons pas de la distribution de la richesse. Bolsonaro est aussi un militaire, et de cette façon il y a un discours nationaliste et xénophobe à ses côtés, dans la même reproduction que dit les autres voler les emplois des Brésiliens, alors qu'en fait la crise économique était mondiale, et l'austérité avait déjà été imposé par le gouvernement légitime du PT (parti des travailleurs) qui avait pour gouvernabilité la coalition avec le PMDB (parti du Mouvement démocratique du Brésil), rappelle que c'est une partie de son origine dans le dictateur militaire brésilien lui-même. Autrement dit, le discours nationaliste gagne toujours la force dans les crises économiques et le coupable est toujours le gouvernement actuel, ce qui a permis le coup d'Etat et ce qui est aujourd'hui maintient les chiffres comme Bolsonaro alors candidature possible pour un gouvernement qui remettra le Brésil sur la bonne voie. C'est le même discours du fascisme italien. Le Brésil est l'un des pays les plus violents d'Amérique latine et maintenant ils veulent encore libérer la possession des armes à feu dans la société avec une histoire d'une grande répression. La guerre des canudos et des conflits agraires, quilombos et les régions indigènes sont des symboles de la société fondée sur la violence. Et la voie de sortie pour les partisans de tout régime est encore plus de contrôle par la force et la répression. Ils pensent "opression" comme un mot positif, masculin.


go for a beer young boy, you deserve it.



***
Please make a donation. I live in the third world and to continue any work, writing and artistic production, videos or images, I need your financial engagement to not end up in one of the mass exploitation factories of the Brazilian market dictatorship. Please!!!!! Any value counts, 50 reais (12,5 $) is little out there but it makes a big difference here.


Em moeda €€€ EURO:


Em moeda $$$ DOLLAR:


Em moeda nacional R$:

Conta corrente:
Ag: 8351
cc: 15578-6


****

Mes motivations, vive la liberté!

quinta-feira, 21 de março de 2013

“Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar” (2004) de Carlos Fico - Análise



“Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar” (2004) de Carlos Fico - Análise

    Carlos Fico apresenta “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar” com uma justificativa do tema levando em consideração as comemorações recentes de períodos históricos de importância para a política nacional, decisivos ou não gratos. O autor considera também que o interesse crescente pelo período é diretamente proporcional ao desprendimento político que o distanciamento histórico possibilitou¹, o que trás novas discussões não permeadas por tabus ideológicos como por exemplo a afirmação sobre o pequeno apreço da democracia pelos atores históricos e a quebra do mito do presidente reformista João Goulart. Dessa forma, clichês sobre o golpe de 64 começam a ser abandonados em razão da nova fase de produção histórica sobre o período.
    A literatura sobre o golpe e o regime que o sucederia é marcada por dois grandes gêneros: o primeiro visava explicar e classificar as crises militares. O segundo seguiu uma vertente memorialística que foi responsável pelo primeiro conjunto de versões sobre a ditadura militar. É com a memorialística que uma série de controvérsias envolvendo as verdades históricas aceitas começam a entrar em discussão. O perfil de Castelo Branco, considerado legalista e moderado, torna-se sob a nova ótica apenas mais uma aparência derivada da benevolência dos biógrafos² e, ao contrário, sua imagem “real” surge representada por um ator que agiu conforme as conjunturas políticas e que “foi complacente com as arbitrariedades da linha dura, não teve forças para enfrenta-la e permitiu, assim, que o grupo de pressão fosse conquistando, paulatinamente, mais espaço e poder” (FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág. 33), ou seja, Castelo Branco possui um perfil bem mais omisso que o clichê histórico moderado. Além disso, ele também foi responsável por sancionar e estabelecer diversos veículos censores iniciais, sendo assim, estas novas informações evidenciam que o projeto repressivo baseado numa “operação limpeza violenta e longeva estava presente desde os primeiros momentos do golpe. Isto significa que o AI – 5 foi nada mais que o amadurecimento e um processo que se iniciara muito antes³.
    A crença na “utopia autoritária” empolgava de maneira diferente os diversos grupos militares e segundo estas pesquisas foram poucos os militares e civis envolvidos diretamente em tortura e assassinato político, o que não pretende minimizar o envolvimento dos militares na repressão, mas sim refinar a análise histórica4. O posicionamento dos militares em relação à repressão violenta é um dos aspectos mais importantes dos estudos do período. A tese de que os excessos foram praticados por subalternos sem a aprovação dos oficiais chegou a ser admitida, porém ela não se sustenta para o período posterior do AI – 2 de Castelo Branco, sobretudo após a implantação do Sistema Codi-Doi (1969 em diante), que era um complexo organismo político que mesclava polícia civil, militar, bombeiros, etc e que foi responsável pelos principais episódios de tortura aceitos pelos comandantes e governos militares como uma necessidade conjuntural5.
    É necessário destacar que o anseio punitivo da linha dura não surgiu repentinamente em 1968, como uma reação a “luta armada”, esquerdista de fato, a partir do AI – 5, as diversas instâncias repressivas já existentes passaram a agir segundo o ethos da comunidade de segurança.
    A produção recente do tema abandona explicações fundadas em conceitos como classe social e estrutura econômica, buscando no lugar uma estratégia cognitiva do indivíduo e seu cotidiano. As principais teses explicativas do golpe de 1964 seguem três correntes: teorização da Ciência Política, análises marxistas e valorização do papel dos militares. Alfred Stepan, cientista político, considera que as razões para o golpe encontram-se na inabilidade de Goulart em “reequilibrar o sistema político”. Até 1964, os militares apenas transferiam o governo civil para outro grupo de políticos, ou seja, os militares tinham um caráter moderador.
"A situação brasileira certamente requeria uma liderança hábil e um estadista capaz."
Em 1964, diferentemente, os militares sentiram-se em condições estruturais para a tomada e poder na transição do governo civil falho, governo que poderia colocar em risco a própria hierarquia militar. A medida, para o autor, foi de certa maneira preventiva, porque Goulart poderia dar um golpe com os comunistas e criar exércitos populares de suboficiais. A tese de Stepan, porém, é problemática quando coloca a participação militar como uma “variável dependente” do sistema político global e sua análise da ideologia militar do período é superficial. Wanderley Guilherme dos Santos faz outra análise elaborando um modelo teórico que leva em conta a instabilidade governamental do período, utilizando o número de ministros e chefes de empresas estatais demitidos e a polarização do governo em grupos radicalizados, ao invés de um perfil conciliatório e moderado do legislativo. Argelina Figueiredo, de outra forma, atribuiu grande importância à recusa de determinismos para o golpe, como fenômenos econômicos e políticos que levariam a inevitabilidade da crise. Recusa também a centralidade do papel da burguesia conspiratória, pois a existência de uma conspiração não é condição para um golpe. Argelina deixa clara a existência de opções abertas de ação política. A análise marxista por outro lado, de Jacob Gorender, funda a explicação da crise nos interesses da burguesia industrial, que alterou a estrutura política de acordo com a necessidade de classe, em uma reforma moderadora, defendendo-se também da ameaça de uma reforma de base. Segundo Dreifuss, foi preciso construir uma rede de apoio desses grupos privados com as forças armadas em uma conspiração política, ou seja, um movimento civil-militar. Se a preparação do golpe foi uma parceria, o golpe em si foi claramente militar. Glaucio Ary S. faz uma crítica ao economicismo do pensamento político através da coleta de depoimentos dos militares. Enfatiza que “o golpe foi uma conspiração dos militares com o apoio dos grupos econômicos e não uma conspiração dos grupos econômicos com o apoio dos militares” (FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág. 53).
    As causas para o golpe de 1964 são, dessa forma, resultado de diversas situações e crises sucessivas, com causas múltiplas, acordos e receios de diferentes atores políticos com interesses próprios em uma complexa rede de interferência.

Bibliografia
1. FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág. 30.
2. FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág. 32.
3. FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág. 34.
4. FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág 34.
5. FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág. 35.
(FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág. 33)
(FICO, Carlos. 2004. “Versões e Controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar”. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, pág. 53)