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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

25 - Dias comuns.

Pela primeira vez na vida eu encontrei alguém que gostou de mim num sentido total e me sinto feliz por isso. Mesmo assim, nos últimos tempos, aconteceu uma sucessão de términos e recomeços do namoro. Eu queria que isso parasse, mas chegou num ponto em que qualquer discussão, o argumento final é justamente esse: "terminar".

Por mais que eu esteja me esforçando, parece que sempre sou distante e não presto atenção em tudo. Parece muitas vezes que não abro mão de minhas coisas pelo namoro. Isso está me estressando, eu realmente tento dar atenção e no final, é tudo tornado em vão. Quando mais eu tento organizar meu tempo, mais eu sinto que estou falhando. Deixo de fazer muitas coisas e se durante uma discussão falo sobre isso, ouço que estou "jogando na cara". Eu realmente não sei como me expressar.

Expressar, boa palavra. Eu tenho medo de me expressar, o medo na verdade é o de irritar, chatear, qualquer outro verbo negativo.

Eu sou uma pessoa açucarada demais até, muitas vezes acabo dizendo que amo, fazendo carinho, sem parar. Mesmo quando chateado, é a única forma que eu sei agir com quem é importante pra mim. Machuca muito quando (depois de engolir meu orgulho e tentar um abraço) ouço que isso é falsidade. Que é um roteiro programado. Eu sei que não sou o senhor perfeito e sei de cor todos os meus defeitos; é difícil ficar se policiando o tempo todo e mesmo assim ser criticado. Tantas coisas alterei pra não ser tão diferente, chega num ponto que às vezes nem me reconheço mais.

Queria que as coisas não continuassem desse jeito. Eu me sinto muito mal nessas últimas semanas.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

12 - Maior medo.

Hoje fui novamente na assistente social buscar auxílio financeiro. Percebo que todos temos muitos direitos e a maioria desses direitos não são aproveitados. Alguns exigem mais paciência e realmente, ser mandado pra três assistentes sociais diferentes foi um tanto estressante, mas nada que um bilhete único não resolva. Amanhã espero conseguir o que desejo e com isso quitarei meus débitos bancários sem precisar pedir ajuda aos meus pais.

Passei a quarta-feira com momorzinho. É uma das poucas vezes que eu me importo. Até pouco tempo atrás eu agia de forma totalmente aleatória e inconsequente. Muitas vezes não pensava a que levaria e o que aconteceria em razão dos meus atos. Mesmo sentindo imenso prazer fazendo coisas moralmente suspeitas, venho tentando mudar boa parte do que sou porque obviamente não sou estúpido e noto que muitas ações destrutivas, são destrutivas comigo também e foi nessa fase de auto-crítica e plena consciência de si que comecei esse relacionamento.
 Incrível que de alguma forma, além dos meus esforços pessoais, essa companhia me ajudou a controlar mais minha impulsividade e só de pensar que posso prejudicar alguém que é tão importante e representa boa parte das coisas que sinto, é desesperador (mesmo que faça algo de forma inocente).
Não posso negar que muitas vezes recebo os chamados instintivos para fazer coisas que não são consideradas boas, porém logo aparecem imagens de pessoas queridas me desaprovando e ser desaprovado pelas poucas pessoas que escolhi me importar é inaceitável. O fator novo, entretanto, é que antes eu tranquilizaria minha alma pelo simples fato de saber que essas pessoas queridas jamais chegariam a saber de alguma atitude transgressora minha. Antes.
Finalizando, hoje, se de alguma forma eu fizer algo que possa desaprovar ou prejudicar as pessoas que amo e prezo, seria melhor não viver; Machucar os outros é errado e sentir-se feliz fazendo isso é pior ainda. Meu maior medo é perceber que todos os meus caminhos e escolhas acabem me mostrando e provando que, por mais que eu tente, uma ou outra pessoa sempre acabará ferida e o arrependimento continuará sendo uma idéia abstrata e incompreensível.