segunda-feira, 22 de maio de 2017

Work in Brazil. Trabalho no Brasil.


When I was younger I thought the natural way would be to end up as a bank clerk or even a manager from anywhere. Today I know that these perspectives do not fit into my profile anymore and I very much suspect that I will never be hired by any company. I'm no longer a teenager and just thinking that I will not be able to retire and it is already reason enough to rethink my options. In Brazil they want to force us to work 12 hours straight, with little or no labor law. No chance for court settlements. So far I have worked as a internship, earning a minimum amount. It is not the first time that I become an intern, better to earn little and work less than to grow old in the arms of the work that supposedly release me. It frees who makes a good amount, frees those who have no social conscience or frees those who do not identify at all with the exploited class. And all those who get good offices are also truly well-adapted, unlike me, who somehow renegotize the values ​​that are at stake. I do not want to compete. I hate the idea of ​​being proactive. I hate spending time in a room for so little. Which is not a complaint, because at least I'm sitting while work. It could be easier and could be doing the same for a suitable salary. The right thing would be to do the same for a real salary. I applied for so many different jobs, some of are public tests, and so far they have not ever called me. I suspect that I will never be called. By the score, by the number of places, etc. I passed in several, but between passing and taking possession of any position are other worlds and other passages. I am in Mato Grosso, a city that has not stopped the crisis and without much to do. If it were not for this internship, I would be out of money. I sent resumes up to the mall stores. I am 27 years old and have a degree, but no job. Those who win jobs are those who are part of the excuse sponsorship. I hate the youth representatives like Fernando Holiday and Kim Katagiri. They make money to disinform the population. Should not that be forbidden? My internship contract lasts two years. It's a short time, I know, but the biggest problem, in my opinion, is the job market. I'm going to work where? What are the other possible outputs? I can not even compete for a spot in the paper. You should exile me at university, try a masters degree. I do not have a project. It's not such a bad idea. Traveling is another will. Travel how and with what money? Hippie friends exclaim that I do not need money to travel, but it is very easy to say that if their change is handcraft or music. Ordinary people like me do not have the same right? Do I really need to juggle if I do not want to starve? Should we not be living the goal of full employment, including for any foreigner who wants to work? A person without talents travels like how? I can not even make caricatures to raise money. I want to be able to travel, get to another city, get government support, and be sent to a job. Is it too much to ask? Having access to a job with adequate salary for at least my survival, is a lot to ask?

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Quando era mais novo considerava que o caminho natural seria o de acabar funcionário do banco ou mesmo um gerente de qualquer lugar. Hoje sei que essas perspectivas não se enquadram mais em meu perfil e desconfio muito que serei contratado por qualquer empresa. Não sou mais um adolescente e só de pensar que não conseguirei me aposentar tão cedo já é motivos de sobra para repensar minhas opções. No brasil querem nos obrigar a trabalhar 12 horas seguidas, com pouco ou nenhum direito trabalhista. Sem chance de acordos judiciais. Até agora tenho trabalhado como estagiário, ganhando uma quantia mínima. Não é a primeira vez que me torno estagiário, melhor ganhar pouco e trabalhar menos tempo que envelhecer nos braços do trabalho que supostamente liberta. Liberta quem ganha uma boa quantia, liberta quem não tem consciência social alguma ou nem ao menos se identifica com quem tem menos. E todos esses que conseguem bons cargos são também verdadeiramente bem adaptados, diferente de mim, que de certa forma renego os valores que estão em jogo. Não quero competir. Odeio a ideia de ser pro-ativo. Detesto passar um tempo preso em uma sala por tão pouco. O que não é uma reclamação, porque ao menos estou sentado. Poderia ser mais fácil e poderia estar fazendo o mesmo por um salário adequado. O certo seria fazer o mesmo por um salário real. Fiz tantos concursos e até agora não me chamaram. Desconfio que jamais serei chamado. Pela pontuação, pelo número de vagas, etc. Passei em vários, mas entre passar e tomar posse de qualquer cargo são outros mundos e outras passagens. Estou em Mato Grosso, cidade que não parou com a crise e sem muito o que fazer. Se não fosse esse estágio estaria sem dinheiro algum. Enviei currículos até para as lojas de shopping. Tenho hoje 27 anos e uma graduação, mas sem emprego algum. Quem ganha emprego é quem faz parte de patrocínios excusos. Odeio os representantes da juventude, como fernando holiday e kim katagiri. Eles ganham dinheiro para desinformar a população. Isso não deveria ser proibido? Meu contrato de estágio tem duração de dois anos. É pouco tempo, sei disso, mas o problema maior, na minha opinião, é o mercado de trabalho. Vou trabalhar onde? Quais seriam as outras saídas possíveis? Não posso nem ao menos competir uma vaga no jornal. Deveria me exilar na universidade, tentar um mestrado. Não tenho um projeto. Não é uma ideia tão ruim. Viajar é outra vontade. Viajar como e com qual dinheiro? Amigos hippies exclamam que não preciso de dinheiro para viajar, mas é muito fácil dizer isso se o troco é artesanato ou música. Pessoas comuns como eu não tem o mesmo direito? Preciso mesmo lançar malabares para o alto se não quero morrer de fome? Não deveriamos estar vivendo a meta do pleno emprego, inclusive para todo e qualquer estrangeiro que quisesse trabalhar? Uma pessoa sem talentos viaja como? Nem ao menos posso fazer caricaturas para levantar um dinheiro. Quero poder viajar, chegar em outra cidade, buscar apoio governamental, e ser encaminhado para um devido emprego. É pedir demais? Ter acesso a um emprego com salário adequado para ao menos minha sobrevivência é muito?

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