domingo, 26 de fevereiro de 2017

Apago o texto por sua pretensão.

Começo a escrever e faço questão de mostrar um pouco daquilo que sei. Surpreendemente o que sei é uma extensão do conhecimento comum e qualquer extensão de um texto assim seria feito com uma pesquisa. Provar um ponto de vista exige pesquisa. Não quero provar mais nada. Na verdade desconfio que não tenho nada a dizer. Dizer o que, para quem? Quem teria tempo para perder lendo um texto qualquer na internet. Hoje é seu dia de sorte, as vezes naquele acaso o google permitiu nosso encontro, em seu buscador de acasos. De qualquer forma, qual o sentido de viver assim? Vivendo em dúvidas. As vezes acho que tive um relacionamento, as vezes tenho certeza que não. As vezes me prometo motivos maiores que ter ou não amigos, e quando vejo mal consigo garantir uma nota em uma matéria qualquer. Como ter dedicação a algo que já está perdido e agora só no semestre próximo? Se estava com algo na cabeça e meus fins eram maiore que amigos ou namoro, por que reprovei na minha única motivação existencial? E quem sou eu? Um velho de 28 anos, sem dinheiro algum e sem carreira. Não tenho um posicionamento no mercado de trabalho e talvez não terei em anos. Preciso me formar e me formar exige que eu passe, em princípio. Não passei. Demorarei a passar. Tento estudar e não consigo concentrar no assunto. Até entendo o conteúdo e tenho minhas próprias razões e justificativas para qualquer reprovação, mas me sinto inepto de qualquer forma. Enquanto passo meu tempo me sentindo um erro, distraio a mente nadando e andando de bicicleta por aí. Quem olha de fora talvez pense que a minha vida é uma maravilha, afinal tem quem me olhe e me considere atraente. Tantos amigos meus e conhecidos vivem em momentos melhores, em momentos muito melhores e eu aqui, novamente um estudante, dessa vez sem nenhum sonho ou pretensão, sem nenhuma motivação além da pura certeza de um futuro incerto. Sem dinheiro. Em trabalhos de sofrimento. Esse é o lado profissional. O lado sexual consegue ser pior. Sexualmente me resolvi bastante nos últimos anos. Sei que me interesso mais por homens, mas não tenho intenção alguma de viver com qualquer homem porque não tenho muita paciência para as questões do masculino. Nem sei se gosto mesmo de homens. Já achei que gostasse, mas tenho broxado todas as vezes. O sexo ainda é motivo de horror e sou piada por já ter me envolvido sexualmente com algumas pessoas, com algumas várias, por ódio e também por frustração, momentos que me repreendo e sinto profundo pesar e arrependimento, porque não foram contatos reais, sinto como se tivessem sido fugas de uma solidão que deveria ser encarada com indiferença e maturidade. Mulheres são para mim amigas distantes. Já tive e já me apaixonei, já vivenciei crises de ciúmes, já tive relações verdadeiras com outras mulheres, algumas amizades, mas após o início da verdadeira sexualidade me vejo tão distante delas como nunca antes estive. Elas não se aproximam, aquelas que se aproximam são tão inocentes que tenho medo de corrompê-las com o que existe de pior na malícia humana. Uma menina de 18 anos não teria nada comigo além de sentimentos partidos. Uma mulher mais velha sairia ainda mais frustrada, se assim for possível.

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